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sábado, 12 de março de 2011

Soneto

Quando fico a pensar poder deixar de ser antes que a minha pena haja tudo traçado, antes que em algum livro ainda possa colher dos grãos que semeei o fruto sazonado; quando vejo na noite os astros a brilhar - vasto e obscuro Universo, impenetrável mundo! - quando penso que nunca hei de poder traçar sua imagem com arte e em sentido profundo; quando sinto a fugaz beleza de alguma hora que não verei jamais - como doce miragem - turva-se a minha mente, e a alma em silêncio chora um impulsivo amor. E a sós, me sinto à margem do imenso mundo, e anseio imergir a alma em nada até que a glória e o amor me dêem a hora sonhada!

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